odeio-te
porque te foste e me deixaste o nosso sangue a correr nas veias
porque te foste e me deixaste o nosso sangue a correr nas veias
Largaram-me a mil metros do chão
Largaram-me porque me agarrei
Numa alucinação de vida
Que me enchia o coração
E que agora vejo perdida
Num cair que já não sei
odeio-te
porque não me deste tempo para deixar de te amar
Pego no copo vazio que enche o tempo
e invento que há luz.
Não vês o copo vazio por onde fujo
sem ver?
Quem quer sai!
Quem quer sai!
Lá fora a dor é maior e ninguém quer sair...
Fico no copo vazio onde me lanço,
danço em paz.
Sou como um copo vazio,
ando num resto apagado,
sou como um rasto quebrado,
um rato,
um corpo,
fechado,
parou!
[Letras: Toranja
Fotos: Dr. Joanne]
11 comentários:
Outchhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!
(...)
Beijinho*
Apaixonante essa emoção, boa escolha!
Muito bom post. Espero que tenhas antes sido um copo de plástico, daqueles de pic-nic, sabes? São quase indestrutíveis!
bj
Não-corpo vazio, mas corpo-ânsia-desejo. Não existem corpos fechados. Só a chave exacta é necessária...
Beijos.
Vanessa:
Kiss to you too!
PJ:
Obrigada :)
Abssinto:
De vidro, sempre....... :)
Postscriptum:
Sim, tens razão! Mas as chaves certas são sempre difíceis de encontrar...
Beijinhoss
Ho... letra linda esta de toranja...:) como sempre uma boa escolha..
Beijo grande***
Andreia, só com lenha nova ;)
Acho que só assim, mas acho porque também eu não tenho a fórmula e oh como gostaria :)
Adorei o teu texto para variar :)
Beijinho
Maria João
Os Toranja são uns dignos herdeiros da tradição de cantautores dos anos 70 e 80. Goste-se ou não das suas músicas, as letras são um portento! :)
Voltei já, aproveito para te ler.
Abraço daqui.
copo vazio em corpo fechado. Apenas a forma, o conteúdo está algures na possibilidade impossível de ser agarrado.
Muito bom.
Bjinho.
as letras que contam aqui, não são certamente as do toranja
essas eclipsam-se
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