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há medo nos teus pés nus. fantasmas que se libertam de palavras antigas e fendas que se abrem no chão do teu quarto com a primeira luz da manhã. houve um tempo em que o amor eram cicatrizes diárias no teu peito. depois, poisaram os pássaros no parapeito da tua janela para te contar de um amor novo, puro, feito de suspiros e toques. sem palavras. quiseste abrir as portadas da janela e voar com eles. mas esqueceste-te que as letras são a tua casa e que é só com elas que consegues tocar as estrelas.
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[Foto: Katia Chausheva]
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9 comentários:
Que bonito menina!!!...pareceu-me uma pequena, mas muito pequena porque tu és muito grande, auto-biografia!:)
Beijinhos
oh menina... uma coisa é certa: tu elevas alguns espíritos inquietos à luz das manhãs. nem que eles estejam quase quase a pregar-se ao chão - com medos, palavras antigas ou fendas que se abrem de repente (atestados de fraqueza a invadir o peito) - tu não baixas os braços enquanto não avistas os tais pássaros e contas da beleza única de os teres à janela depois do tempo das cicatrizes. isso, para mim, é já tocar as estrelas. um toque de esperança, pelo menos. com palavras ou sem elas... porque moras sempre perto daquilo que é autêntico. :)
beijinho*
(post mais lindo, este. mas isso eu escuso de dizer... :p)
palavras com asas :)
angela, então quero ser palavra :) *
vanessa, sim, nestes dias tenho tocado as estrelas. (é o tal pressentimento que tinha no início do ano a confirmar-se, porque nem só de dias escuros se faz um caminho e ainda bem). nada que seja mérito meu, diga-se... :) só que de vez em quando, também sofro dessa inquietação de que falas. acho que já nasceu comigo e faz-me ser assim um bocadinho maluca. :))
(diga-se que estes teus comentários também me matam!!!)
Beijinho bailarina linda! :)
canelita, oh, sou nada disso. :) beijinho e estou à espera da esplanada ao sol!
É até difícil descrever o que se sente a ler os teus textos. Sempre tão especiais.
oh, obrigada Diana. beijinho.
Lamento a minha fraca assiduidade nas visitas. Mas neste seu texto, deixe-me a pretensão de ter sido estrela.
nos meus lábios afloram estrelas
lucky you, bárbara :) welcome!
nils, a assiduidade nunca foi o mais importante, mas a intensidade :) obrigada. beijinho.
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